Best in class delivery... 3 pontos para garantir ótimas “entregas” em treinamentos

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Best in class delivery... 3 pontos para garantir ótimas “entregas” em treinamentos

Por Helton Haddad

Quando comecei em atuar em treinamentos internacionais, lá por volta de 2006, pela primeira vez tomei contato com um jargão utilizado para se referir à execução de um treinamento – a palavra “delivery”… No começo achava engraçado (sempre de lembrava do “delivery do disk-pizza“), mas acabei me acostumando com o termo.

Tratando então de “deliveries”, a pergunta-chave é: quais as melhores práticas para se obter o melhor delivery possível de um treinamento ou programa de Formação & Desenvolvimento (F&D)? Há algumas dicas do que perseguir, tanto pelo lado dos gestores, como por parte do facilitador que fará efetivamente o delivery?

Apresentamos aqui 3 pontos que podem ajudar no “best delivery”. São eles:

  • Ponto 1: Cuidados do gestor;
  • Ponto 2: A escolha do facilitador;
  • Ponto 3: O processo do delivery.

Vamos detalhar…

Ponto 1: Cuidados do gestor

Parece óbvio, mas vale frisar: escolha um bom fornecedor de F&D, que consiga oferecer facilitadores com bom conhecimento acadêmico e prático,  atentos para as novidades da área e experientes em casos reais.

Escolha ainda um fornecedor que posso realizar um “train the trainer” antes de cada delivery. Pode ser feito por um outro facilitador sênior que domine os conteúdos, sempre que possível com a participação da equipe que fez o diagnóstico e o design do programa. O contato do facilitador com a equipe gestora do programa de F&D também faz parte desta preparação. 

Ponto 2: A escolha do facilitador

Tente escolher facilitadores que se adequem aos temas e equipes – evidentemente você nem precisava ser lembrado disso. Mas pode ajudar na análise considerar que o facilitador deve ter:

  • Excelentes “presentation skills;
  • Domínio do idioma em que será feito o delivery;
  • Conhecimentos de andragogia, buscando um aprendizado de inspiração construtivista, a partir da experiências dos participantes;
  • Capacidade de conduzir os deliveries de forma viva e dialética, mesmo que com grupos heterogêneos;
  • Energia pessoal e entusiasmo.

Ponto 3: O processo do delivery

Da experiência prática que tenho com os projetos do SMG/Mentor, uma facilitação bem estruturada já deve estar planejada no design do treinamento a ser dado. Isso facilitará tremendamente, ajudando o facilitador a usar as “best practices” de uma “best in class facilitation”, seguindo o processo assim descrito:

  • Conexão: antes de tudo, ter claríssimo quais são os aspectos relevantes do treinamento e a justificativa e porquês da presença dos participantes. A questão-chave é esclarecer logo de saída o que cada participante vai obter de conhecimentos e habilidades após o programa, os seus “takeaways”;
  • Input: aqui, o grande desafio atual para os facilitadores: como passar o conteúdo sem “dar aula” tradicional, só passando slides e falando sem parar… claro que alguma coisa pode ser expositiva, mas o ideal é utilizar as habilidades do facilitador para construir o conhecimento junto com os participantes, a partir de suas experiências e vivências. Além de usar recursos audiovisuais divertidos (por exemplo, vídeos e slides preparados e apresentados usando Pecha Kucha), usar técnicas atuais como o storytelling e business cases ilustrativos. Mas sempre mantendo espaço para opiniões, discussões e comentários interativos;
  • Aplicação: a parte mais importante – dizem que os adultos só aprendem mesmo algo novo se encontrarem utilidade no conhecimento. Aqui, exercícios, discussões em grupo, análise de casos, simulações, tudo pode ser utilizado para o desenvolvimento das habilidades dos participantes com a utilização do conhecimento;
  • Conclusões: sempre um fecho, se possível retomando as propostas iniciais e fazendo a pergunta corajosa aos participantes (“atingimos os objetivos propostos?”). Se possível, vinculando o conteúdo a algum post-work, sessões de coaching (que podem ser do próprio programa ou mais “on the job”, no estilo “converse com o seu gestor”). O importante é fazer o link do conhecimento com a prática, reforçando o convite para que os participantes usem o que foi aprendido.
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Sobre estas 4 etapas do processo (conexão, input, aplicação, conclusões), o interessante a destacar é a distribuição do tempo – a dica é deixar mais da metade do tempo disponível da sessão de treinamento para atividades de “aplicação” e “conclusão”.

Espero que você tenha achado este artigo útil!

Se quiser trocar alguma ideia adicional comigo, entre em contato.

Grato pela leitura e sucesso!

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